Capítulo 2 - Tudo Novo



Era o início de um novo ano lectivo, num novo ciclo, numa nova escola, com novos colegas. E a escola era - ou pelo menos, parecia - fantástica! Digo isto, porque não era muito definida, ou seja, não precisavas de ter um determinado estilo para te integrares na escola - bastava seres tu próprio. E eu gostava desse tipo de esquema.
A escola parecia um daqueles edifícios super modernos compostos unicamente por linhas e formas geométricas; era branca, preta e vermelha e destacava-se pela sua singularidade.
Eu, a Anna, a Caitlyn e a Deanna ficáramos em turma distintas devido às nossas escolhas relativamente ao curso e não conhecíamos, literalmente, ninguém - o que fazia de tudo aquilo uma experiência totalmente nova.
A Dee e eu apesar de ambas termos escolhido Ciências, ficámos em turmas diferentes; a Caitlyn escolhera Artes e a Anna, Humanidades.
Inicialmente, eu também estivera indecisa entre as Ciências e Humanidades, mas se fosse para Humanidades era bem capaz de ter uma média horrível porque nunca me dera lá muito bem com História, e essa era uma das específicas de Humanidades, por isso... acabei por optar pelas Ciências, até porque sempre tivera mais facilidade nas específicas correspondentes; além de que sempre tinha a probabilidade de ficar na turma da minha melhor melhor amiga, mas o destino é bastante traiçoeiro e "tinha" de nos separar!
Mas pronto, a vida não pode ser só coisas boas. Só que também escusava de quando acontece algo mau, acontecesse logo também uma data de outras coisas más!

Entrei numa sala que estava a ver pela primeira vez assim como todas as pessoas que nela marcavam a sua presença. Notei que existia muito familiaridade entre elas, e pensei (com os meus botões) que isso não iria facilitar em nada a minha integração na turma.
Existiam os chamados grupinhos, mas afinal: em que turma é que não existiriam?, no entanto, isso só dificultava ainda mais o meu processo de integração, porque teria de ver (mais ou menos) com quem me iria dar melhor, e teria de "seleccionar" os amigos que quereria ter.
Estava nervosa e para ajudar à festa estavam todos a olhar para mim porque já estava atrasada. A conversa de manhã fizera com que me distraísse com as horas e acabasse por me atrasar, e como resultado disso agora estava perante uma sala cheia de rostos desconhecidos a olhar para mim. O que ainda aumentava mais o meu estado de nervos...
- É você a menina Michelle? - Perguntou o professor, que eu calculei ser o meu director de turma.
- Sim, mas pode tratar-me por Mich - respondi envergonhada e tentando aparentar uma descontracção que todos perceberam ser falsa e começaram-se a rir.
- Sente-se aqui - e apontou - e espero que o seu atraso de hoje tenha sido uma coisa pontual.
- Sim stôr, pode ter a certeza disso - respondi já a começar a irritar-me pela reprimenda e dirigi-me ao meu lugar.
No lugar ao lado do que a stôr me tinha indicado estava um rapaz com o cabelo meio loiro meio moreno, e uns olhos simplesmente hipnotizantes: eram cinzentos e amarelos (à volta das pupilas), eu nunca vira nada assim. Ele olhou para mim e sorriu-me, sorri de volta e enquanto me virava para a frente reparei num reflexo na janela, que espreitava por de trás dele, que era o de uma rapariga que me fuzilava com o olhar.
Olhei para trás de relance só para comprovar que não tinha sido impressão minha e realmente ela estava a olhar para mim de uma forma algo assustadora. Por favor, tinha sido só um sorriso! Seria a namorada? Custava-me um pouco a crer que um rapaz daqueles não tivesse namorada. Ele era tão lindo...

Atrasos!

Peço desculpa por já não postar há tanto tempo! Mas tenho tido imensos testes, trabalhos e afazeres, e as oportunidades bastante escassas para escrever aqui no blog. Têm acontecido coisas que também não me têm deixado lá muito inspirada  nem com capacidade para escrever coerentemente.
Mas já que há tanto tempo que não escrevo, hoje vou-vos deixar aqui um capítulo (embora um bocado pequeno) para compensar. Não faço a mínima ideia do que irá sair pelas pontas dos meus dedos, mas duvido que seja algo muito alegre... não tenho andado lá muito bem nos últimos tempos. Mas vá, pelo menos tentei, certo? (:

Beijinhos, até já 

Capítulo 1 - Keep Dreaming



Antes de ir para o meu primeiro dia no secundário, demorei algum tempo a despachar-me (como seria de prever) e decidi-me por um vestido salmão e um casaco a condizer, calcei umas sandálias romanas castanhas, encaracolei um pouco mais o cabelo e maquilhei-me sem exagerar - uma pintura minimalista.
Encontrei-me com elas no caminho para a escola na pastelaria Keep Dreaming (como viria a ser a nossa rotina) para tomarmos o pequeno-almoço juntas.
- Ai, nunca nos vamos separar, pois não? Juro-vos que vocês valem imenso! - Afirmei com lágrimas nos olhos.
- Sim Michelle, nós sabemos - disseram a sorrir.
- Espero bem que saibam! O que é que seria de mim sem vocês?! - Questionei, retoricamente, a sorrir por saber que tinha as melhores amigas do mundo.
Comemos torradas e bebemos um galão cada uma, e fomos fazendo conversa sobre as coisas mais triviais e divertidas que apenas as melhores amigas sabem fazer, até que o assunto me atingiu directamente.
- Oh Michelle... então e como vão as coisas relativamente ao Landon? - Perguntou-me a Caitlyn inocentemente
- Eu preferia não falar sobre isso... - Comecei. - Oh, que se lixe. As coisas com o Landon, não vão simplesmente. Já estou farta de andar atrás dele, de tentar fazê-lo ver que gosto mesmo dele e que quero estar com ele. E ou ele não quer ver ou simplesmente não quer saber. E muito sinceramente, chega. Já chegou a altura de o esquecer de uma vez por todas.
- Sabes perfeitamente que não vale a pena ficares assim - disse Anna -, eles são todos iguais!
- Eu sei disso, agora percebo. O problema é que por muito que eu diga que ele já não me afecta, continua a afectar de alguma forma. O facto de não o ver, ajuda-me, e muito, mas tenho medo que assim que o veja volte tudo à estaca zero. Ando-me a esforçar demais para poder acontecer uma coisa dessas.
- É mesmo isso, Michelle. Ele não é bom para ti. E tu és demasiado boa para ele! - Concordou a Deanna, honestamente preocupada.
- Precisamente! - Concordaram a Anna e a Cayt em uníssono. E a Cayt continuou: - Mas pronto, talvez seja melhor mudarmos de assunto... depois falamos melhor sobre isso dona Mich.
- Também acho boa ideia, chega de falar de coisas tristes! - Afirmei num tom vitorioso.
- Sim, é esse o espírito! - Gritaram as três, de tal forma que todo os clientes da pastelaria ficaram a olhar para nós.
- Omg, vocês matam-me! - Disse, desmanchando-me a rir num riso estridente, o que já me vinha a incomodar a mim própria há algum tempo.
- Bem, mas olhem, eu adoro o ambiente desta pastelaria... - Disse a Cayt num tom sonhador.
Keep Dreaming. O facto de o nome poder ser interpretado de forma negativa contradizia completamente com aquele ambiente. A pastelaria era delineada por cores suaves e fortes ao mesmo tempo, num misto de sensações transmitidas. Eu sempre amara aquele tipo de decoração, tão simples tão... tão eu (apesar de eu não ser nada simples). Tinha linhas suaves e geométricas que variavam entre as curvas de uma circunferência e as rectas de um segmento, era simplesmente perfeita. Havia mesas que eram redondas e baixinhas às quais, em vez das tão comuns cadeiras, correspondiam poufs brancos intercalados com outros roxos, azuis, amarelos, verdes, cor-de-rosa, vermelhos, laranjas, de todas as cores que se possam imaginar; tudo isto numa das metades da pastelaria. Do outro lado, tinha mesas e cadeira um tanto ou quanto sofisticadas e ao mesmo tempo com formas descontraídas. Todas as mesas tinham no meio um vidro, que por baixo tinha desde pins a conchas numa mistura que tanto podia ser considerada como extravagância como pura originalidade.
- Sim, é absolutamente... hmm, irreal - Concordou a Anna.
Eu e a Dee simplesmente anuímos com a cabeça enquanto observávamos, desta vez mais atentamente, a pastelaria.

Prólogo



1 de Setembro de 2010,
Querido Diário,
Estou a precisar de descansar. Tem sido tudo uma tão sem fim onda de pensamentos, momentos, atitudes, tristezas e alegrias.
O Sebastian não pára de me chatear, dizendo que eu tenho de seguir em frente, mas quem me dera a mim que tudo fosse assim tão simples. Na opinião dele, basta não pensar no Landon, nem nos momentos passados com ele nem em nada que me avive a memória. Pois, realmente seria uma óptima ideia, se não fosse o problema de não conseguir fazer isso, porque olhe para onde olhar tudo me faz lembrar dele, tudo desperta uma (mesmo que pequena) memória.
Queria tanto poder dizer que tinha sido uma relação de sonho. Ao menos que eu estivesse assim por ter perdido algo verdadeiramente único. Mas não foi nada assim. Acabei proibida de estar com ele, sendo que foi isso que acabou por estragar a nossa relação. Nós amá-mo-nos tanto, e digam-me o que disserem, eu sei que ele me amou. O problema, é que já não ama.

Aviso acerca da fic!

Esta fic vem a propósito das torrentes de inspiração que tenho tido ultimamente, e queria testar a minha própria imaginação escrevendo uma história em vez de desabafos.
Não tem sinopse, nem uma história concreta definida, sei tanto quanto vocêsO que escrever irá depender do meu estado de espírito, e quando escrever dependerá da inspiração. Por isso, será de esperar algo irregular.
Wish me luck!